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Austeridade na Argentina com 50 mil milhões USD do FMI

Plano de reestruturação económica para conter queda do peso

O governo negoceia com o FMI a antecipação dos prazos de entrega e o reforço dos 50 mil milhões USD do programa de estabilização da economia face à queda do peso, mas descarta o recurso a outras fontes de financiamento. O caminho passa pela poupança. Mas a ameaça de despedimentos levou a contestação para a rua.

O Fundo Monetário Internacional não descartou aumentar os 50 mil milhões da linha de crédito, aprovada em Julho, para reforçar o plano de recuperação económica do país, assegurou o ministro das Finanças, Nicolás Dujovne, um dia depois de o governo de Maurício Macri anunciar um plano de austeridade para alcançar o défice zero em 2019 e estabilizar a economia face à queda do peso.

O plano de recuperação económica, apoiado pelo FMI, prevê uma série de ajustamentos na despesa pública, que inclui a redução do número de ministérios para metade, e medidas de natureza fiscal, como a aplicação, em 2019 e 2020, de um imposto transitório para as exportações. Medidas que, no seu conjunto, irão gerar uma poupança de 6 mil milhões e que permitem, sem o recurso a financiamento nos mercados, alcançar um "excedente orçamental primário de 1% do PIB", garantiu o ministro das Finanças, na véspera da reunião com Christine Lagarde.

Com o peso em queda livre desde o início do ano, o governo da Argentina iniciou, em Maio, negociações com o FMI, que acordou conceder um empréstimo de 50 mil milhões, dos quais 15 mil milhões já foram libertados, para o governo pôr em prática um plano económico destinado a colocar a dívida numa trajectória descendente, reduzir a inflação e reforçar a independência do banco central, restaurando, assim, a confiança do mercado da terceira maior economia da América do Sul. (...)


(Leia o artigo integral na edição 489 do Expansão, de sexta-feira 7 de Setembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)