Incerteza na oferta antevê barril a 100 USD
A Rússia e a Arábia Saudita concordaram que o mercado petrolífero se encontra em equilíbrio, pelo que não irão aumentar a produção.
Os preços do petróleo subiram nos mercados internacionais, tendo a matéria-prima superado os máximos de Maio e atingido os 82,55 USD durante a semana em curso. A contribuir para os aumentos está o desfecho da reunião da OPEP, e dos seus aliados, na Argélia, que ocorreu este Domingo. A Rússia e a Arábia Saudita concordaram que o mercado petrolífero se encontra em equilíbrio, pelo que não irão aumentar a produção. Com isto, permanece a questão de como se irá suprir a queda na oferta que resultará da entrada em vigor das sanções ao Irão em Novembro.
O secretário da Energia dos EUA afirmou que não se recorrerá às reservas estratégicas norte-americanas para este fim, por se tratar de uma medida que teria um impacto temporário e pouco significativo. Estas declarações resultaram numa subida do crude e contrastaram com a decisão, tomada em Agosto, de vender 11 milhões de barris das reservas para dar resposta a eventuais disrupções na oferta.
Recorde-se que, desde Abril, as exportações do Irão já caíram cerca de 35% e que se espera uma remoção entre 700 mil e um milhão de barris por dia do mercado petrolífero. Várias entidades já reviram em alta as suas projecções do preço do crude, e um número considerável aponta para um barril que ronde os 100 USD entre o final deste ano e os primeiros dois trimestres de 2019. (...)
*Banco Angolano de Investimentos
(Leia o artigo integral na edição 492 do Expansão, de sexta-feira 28 de Setembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)