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"O empresariado não avança porque o teatro não dá lucro"

Raul do Rosário

Raul do Rosário começou como actor, através de um amigo que o levou para o Elinga. Mais tarde, veio a TV e o cinema, formas de expressão que, no conjunto, se ressentem da crise, quando o teatro pode ser "um dinamizador do turismo e da economia".

Há quanto tempo lida com a arte de representar?
Comecei a minha carreira artística em 1990, no Elinga Teatro. Entrei por curiosidade, a convite de um amigo. Visitei o espaço, encontrei uma formação em curso, com o Mena Abrantes e outros nomes, e fiquei.

Para além do teatro, está no cinema e na televisão. Onde se sente melhor?
Como gosto de desafios, o teatro é muito mais desafiante, porque proporciona um crescimento técnico e espiritual. O teatro é a mais importante das disciplinas, mas a televisão dá dinheiro. Um actor, nos tempos modernos, não consegue viver se não fizer televisão. A televisão é o factor de sobrevivência da profissão, dá estofo económico. O cinema também dá um certo dinheiro.

Como descreve o percurso do teatro nacional?
uando comecei, em 1990, havia poucas companhias. Lembro-me do Horizonte Nzinga Mbande, do Oásis, o Grupo Experimental do ministério da Cultura, do Etu Lene e outras que já não estão no activo. Posso dizer que estes anos todos foram de incentivo para o teatro que se faz hoje, onde temos muita gente. Tenho pena que a nossa autoridade cultural não tenha acompanhado essa dinâmica, com espaços para o teatro. O único espaço que sei que foi construído de raiz, é o da Maria João Ganga, a "Casa das Artes".


(Leia a entrevista integral na edição 493 do Expansão, de sexta-feira, dia 5 de Outubro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)