A desvalorização da moeda nacional tem feito com que os capitais seguros nos contratos com as seguradoras se revelem insuficientes para repor a perda do bem segurado em caso de sinistro, alertam as seguradoras, que dizem que esses contratos devem ser renovados para fazer face à desvalorização cambial.

"Este problema coloca-se para a generalidade dos bens em Angola, seja por acção directa da desvalorização cambial (produtos importados), ou pela acção indirecta daquela desvalorização sobre a inflação (restantes produtos)", atesta um documento de análise ao mercado segurador elaborado pela seguradora AON Angola.

De acordo com o documento, uma pessoa que, por exemplo, tenha adquirido um veículo ligeiro em Janeiro de 2018 no valor de 8,3 milhões Kz, que ao câmbio daquela data equivalia a 50 mil USD, assegurou essa viatura pelo valor de custo da viaturas, em kwanzas. Se em Setembro ocorrer um sinistro com destruição total da viatura, e após tramitação do processo de sinistro, a seguradora paga a indemnização ao segurado por perda total no valor de 8,3 milhões Kz.

No entanto, o problema, para o segurado, incide no facto de a desvalorização cambial desde Janeiro rondar os 40%, o que significa que, em caso de pretender utilizar o valor recebido da seguradora para adquirir uma nova viatura, esse valor é insuficiente para cobrir a totalidade da compra, pois a mesma viatura estará à venda por valores bastante superiores, pois os preços nas concessionárias está actualizado consoante a desvalorização. (...)

(Leia o artigo integral na edição 494 do Expansão, de sexta-feira 12 de Outubro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)