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"É o orçamento que define a natureza dos gastos e nunca o contrário"

Entrevista a Luís Fernando

O jornalista e escritor colocou à disposição do público mais um livro, "Notícias do Palácio", para tornar os angolanos mais próximos da residência presidencial. A crise que o incómoda, segundo disse, é a de valores, não a monetária.

O que o levou a escrever "Notícias do Palácio"?
Paixão pela História. Abrir o Palácio Presidencial aos angolanos, porque é um tempo diferente, arejado, de proximidade. Também para fixar em suporte real o registo de informação que pode vir a ter utilidade futura como memória de um tempo.

Como descreve o livro?
Uma reportagem que se estendeu pelo tempo de um ano.

Numa análise, Rodrigues Gonçalves escreve que "Notícias do Palácio" vem "desmistificar acções e práticas" do Presidente da República. Essa intenção esteve presente quando assumiu este desafio?
Não. Sou um contador de histórias, um cronista do tempo. Apenas pretendi partilhar o que é, no âmbito do poder a esse nível, partilhável. Nada de apetências por segredos de Estado ou intrigas palacianas. Apenas a vida e obra, no quotidiano, dos homens e mulheres que corporizam o funcionamento do Palácio.

Como é que as pessoas receberam o livro? Essa reacção surpreendeu-o?
Entusiasmadíssimas porque nunca ninguém lhes tinha oferecido uma "visita guiada" pelos corredores do Palácio. Houve um sentimento geral de gratidão. Não me surpreendeu tal reacção, esperar o contrário é que seria de espantar!

Também há críticas. Tendo como figura central um Presidente que é contrário à bajulação, há quem considere que o livro incorre no mesmo erro que rodeou a figura de José Eduardo dos Santos e é um regresso à bajulação. Como responde?
No dia em que a resenha do discurso de um orador ou a transcrição "ipsis verbis" de uma entrevista de rádio ou TV de um Presidente configurar bajulação, então, teremos de queimar os dicionários. Não sei de onde nasceu a teoria da bajulação em Notícias do Palácio. Impossível um discurso laudatório num texto que se limita a relatar factos, sem os adjectivar. Parece uma tentativa de castração da palavra. Olhares inquisitórios sem nexo! Aqui sim, o espanto foi total. Mais a mais com críticas ferozes vindas de amigos, muitos também jornalistas! (...)


(Leia a entrevista integral na edição 498 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Novembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)