Apagão na rede interbancária resulta em pedido de demissão do Governador do Banco de Moçambique
A maior entidade patronal de Moçambique estima em 71 mil EUR as perdas diárias dos bancos comerciais. A facturação dos centros comerciais caiu 90% e a dos restaurantes e hóteis 70%.
O governador do Banco de Moçambique deve demitir-se na sequência do apagão da rede interbancária nacional que manteve os multicaixas e terminais de pagamento electrónico desligados, durante cinco dias, defendem as organizações da sociedade civil moçambicanas.
O serviço foi reactivado na quarta- feira, após um acordo entre um grupo de 20 bancos e a Bizfirst. A empresa portuguesa, detentora do software que faz funcionar a rede, desligou o sistema, na sexta-feira, 16, depois de dois anos sem pagamento de licenças e após goradas tentativas para a assinatura de um contrato de prestação do serviço com a Sociedade Interbancária de Moçambique (Simo), detida em 51% pelo banco central, como explicou em comunicado.
"Não, não e não. Recuso-me a aceitar o silêncio do governador do Banco de Moçambique, enquanto dirigente máximo da instituição com maior número de acções na Simo", escrevia segunda-feira a chefe de redacção do jornal "O País", três dias depois do sistema estar off, evocando os "danos sem precedentes aos moçambicanos". (...)
(Leia o artigo integral na edição 500 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Novembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)