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TAAG vai comprar seis aviões do modelo suspenso da Boeing

MODELO 737 MAX REGISTA DOIS ACIDENTES FATAIS EM MENOS DE CINCO MESES

Autoridades aeronáuticas suspendem operação das novas variantes do modelo da Boeing que mais vende e acções da empresa desvalorizam 11%. Mas ainda é cedo para contabilizar prejuízos, sobretudo quanto irão custar os pedidos de indemnização por parte de companhias afectadas e familiares das vítimas.

A TAAG Linhas Aéreas de Angola vai manter a encomenda de 14 aviões Boeing, incluindo das 6 aeronaves dos modelos 737 Max, cuja actual frota de 371 aviões está suspensa desde o final do dia de quarta-feira, dia 13, na sequência do segundo acidente fatal em menos de cinco meses, que no domingo vitimou 157 pessoas num voo da Ethiopian Airlines com destino ao Quénia.

Fonte do Ministério dos Transportes avançou ao Expansão que "a encomenda não está em causa" e que o primeiro avião deverá ser entregue em 2022. Além dos seis Boeing 737 Max, de fuselagem estreita (narrowbody), nas variantes 8 e 9, destinados a voos de médio curso, a TAAG irá também adquirir oito 787 Dreamliner, de fuselagem larga (widebody), nas variantes 9 e 10, de longo curso.

A encomenda faz parte do plano de reestruturação e modernização da frota da empresa estatal, que é uma das mais de 100 companhias responsáveis pelas cerca de 5 000 encomendas das últimas variantes do 737, o modelo mais vendido da Boeing, em operação desde o final dos anos 60. Cinco dos actuais 13 aviões da frota da TAAG são Boeing 737-700 (na foto), uma das opções da variante que antecedeu à série Max.

O Boeing 737 Max é o segundo modelo do gigante da aviação a ser suspenso esta década, depois de em 2013 a frota do modelo 787 Dreamliner ter sido forçada pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) a uma paragem de três meses na sequência de vários problemas relacionados com incêndios provocados por baterias de lítio.

É preciso recuar até 1979 para encontrar uma medida semelhante, à data relativa ao McDonnell Douglas DC-10, cuja operação esteve suspensa por cinco semanas após um acidente que deixou 272 mortos.

Ao longo da semana, dadas as crescentes coincidências com um acidente anterior, ocorrido a 29 de Outubro, na Indonésia, no qual a queda de um Boeing 787 Max 8 vitimou 189 pessoas, companhias e autoridades aeronáuticas de vários países decretaram a imobilização e proibição de sobrevoo dos respectivos espaços aéreos por parte de aviões deste modelo. (...)


(Leia o artigo integral na edição 515 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Março de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)