Os governos africanos devem aproveitar os fundos de pensões para colmatar o défice de novos financiamento de infraestruturas, estimado em mais de 50 mil milhões USD por ano, defenderam os participantes no 7.º Forum de CEO"s de África, que decorreu segunda e terça-feira, dias 25 e 26, em Kigali, capital do Ruanda, sob o tema da integração económica africana.

O forum, que juntou mais de 1 800 participantes, entre os quais se incluem quatro chefes de Estado e 28 ministros, alertou para a necessidade de se encontrarem fontes de financiamento alternativas às tradicionais, num continente onde, segundo Corneille Karekezi, director- -executivo do Grupo Africa RE, todos os anos são precisos 95 mil milhões USD para suprir necessidades de financiamento em energia, estradas, portos, ferrovias e outras infraestruturas.

Colin Coleman, director executivo da Goldman Sachs para África Subsaariana, situou em 50 mil milhões USD o défice de financiamento para atender adequadamente às necessidades de infraestruturas na região. Mas, acentuou, o "retorno de alguns dos projectos deve ser oportuno" e ter "boa reputação", para que o investimento em fundos de pensões seja atractivo.

Reformar os sistemas de previdência e aumentar a penetração dos seguros são duas vias para dinamizar os fundos de pensões, como fontes de financiamento, defenderam os participantes do painel sobre "Infraestruturas e financiamento local: uma oportunidade de um bilião USD", onde foi destacada a necessidade de inclusão financeira como estratégia de longo prazo. (...)

(Leia o artigo integral na edição 517 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Março de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)