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Angola

Prodesi a andar devagarinho e bancos não aprovam projectos

UM ANO DEPOIS DA SUA APROVAÇÃO

Passou um ano desde a sua publicação em Diário da República e a maioria das medidas contidas no Prodesi continuam por cumprir. Também não há um único projecto em fase de implantação. Para a maioria dos operadores económicos o Prodesi está desajustado. Entretanto a diversificação continua adiada.

Passou um ano desde a publicação em Diário da República do Prodesi, foi a 20 de Julho de 2018, e muito pouco aconteceu. Relativamente ao cronograma de acções previstas, que junta esforços de vários sectores, grande parte das medidas cujos prazos já venceram, ainda não estão a funcionar. Aliás, a lista é de tal maneira extensa que mostra um total desconhecimento do País, pelo que não é preciso ser muito perspicaz para perceber que foi feito por consultores estrangeiros, como confirmam técnicos do Ministério da Economia, perfeitamente fora da nossa realidade.

Coisas como "bolsa de terras", "base de dados de comparação de preços de insumos importados prioritários para a produção nacional", "rede de laboratórios e centros de investigação de apoio à produção", "promover uso de mecanismos alternativos para a resolução de conflitos", cujos prazos de implantação já expiraram há três meses, são exemplos disto mesmo.

No decreto-lei, 1º série, nº 160 de 20/07/2018 existe um anexo com as fichas de implementação das iniciativas, que devia merecer uma análise cuidada por parte dos promotores do Prodesi. E possivelmente uma reformulação das acções e das datas escritas neste documento. Também não há projectos aprovados ao abrigo do PAC (Programa de Apoio ao Crédito) pelos oito bancos que aderiram ao programa, pelos menos as principais associações económicas assim o confirmam.

Junto do Inapen, o Expansão também confirmou este dado, embora seja necessário acrescentar que apenas as pequenas e médias empresas precisam da certificação desta instituição para concorrerem ao programa.

No entanto é preciso recordar que os bancos comprometeram-se a disponibilizar até ao final deste ano 141 mil milhões Kz, divididos da seguinte forma: os bancos BAI, BFA e BIC prevêem conceder 30 mil milhões Kz cada, enquanto o Standard Bank compromete-se em disponibilizar 20 mil milhões , o Millennium Atlântico 15 mil milhões, o Banco de Negócios Internacional seis mil milhões, o Banco Comercial do Huambo, seis mil milhões e o BCI quatro mil milhões. (...)

Editorial da edição 533 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Julho de 2019, já disponível em papel ou em versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui.