O Governo poderá arrecadar mais 1,2 mil milhões USD em receitas de petróleo face ao que está previsto no Orçamento revisto. O jornal Expansão ouviu alguns especialistas sobre aquilo que deverá a ser a produção média do País, e o preço médio do barril para 2019, e apesar de não haver unanimidade, optou realizar esta projecção para uma produção de 1,412 barris/dia e um preço médio de venda para o ano de 65 USD por barril, ambos abaixo da média dos valores para do 1º semestre.

Para alguns, pouco optimista, mas parece-nos ser mais prudente. O Orçamento de Estado tem previsto uma produção maior, 1,432 milhões de barris/ dia, e um preço menor, 55 dólares por barril.

Em termos práticos, o Orçamento de Estado aponta para uma produção anual 543,2 milhões de barris, mais 27,83 milhões que a previsão do Expansão, e um preço 10 USD abaixo do que pensamos que pode acontecer. Primeiro há que dizer que o volume da produção não corresponde ao volume das vendas, sendo aceitável para o caso angolano, com as características do nosso circuito comercial, que 96% do produzido é vendido. Aliás, este é o método utilizado pelas entidades oficiais na projecção das exportações.

Isto significa, produção x preço, que a receita bruta prevista pelo Orçamento será de 28.681,4 milhões USD, enquanto que a nossa projecção aponta para 32.159,4 milhões. Existe aqui um diferencial de 3.478 milhões USD, que naturalmente não serão totalmente absorvidos pelo Estado angolano. Na realidade é um pouco superior, porque as nossas ramas são por norma vendidas a um preço ligeiramente superior ao índice de referência ( brent). Damos como exemplo a última quinta- feira, o brent estava cotado a 64,35 USD e todas as ramas nacionais estavam acima - Girassol (67,62 USD), Dália (67,19 USD), Cabinda (66,79 USD) e Nemba (64,99 USD). (...)

(Leia o artigo integral na edição 533 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Julho de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)