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Angola

Privatizações ditam o fim dos monopólios do Estado mas só terminam depois de 2022

VÃO ALÉM DOS QUATRO ANOS

O Expansão analisou o impacto das privatizações na economia angolana. Apresentamos a lista dos empresários, gestores e empresas que perdem o Estado como sócio na sequência das privatizações. O mercado interno está sem liquidez e cabe ao BNA desenhar o plano para garantir a liquidez para o processo.

O processo de alienação de activos e participações do Estado no sector empresarial arranca este ano mas só vai alcançar as 195 empresas seleccionadas para venda em 2022, ano em que "jóias da coroa" como a Sonangol EP e a Endiama vão começar o processo de privatização por via da bolsa de valores.

O destaque segundo a coordenadora do grupo técnico para as privatizações e secretária de Estado para as Finanças e Orçamento, Vera Daves, recai para as 32 empresas mais atractivas, consideradas de referência, considerando o seu peso no PIB, a dimensão e a área de actividade económica. Afirma que as empresas não serão todas vendidas até 2022 pois algumas das empresas de referência como a Unitel, Endiama, MSTelcom e Nova Cimangola, por exemplo, actuam em sectores que existem monopólios.

De acordo com o Ministro de Estado para a Coordenação económica, Manuel Nunes Júnior, as privatizações vão ditar o fim dos monopólios de Estado. Já o Presidente da comissão executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola, Patrício Vilar, afirma que está afastada a hipótese de sair-se de uma transição de monopólios de Estado para monopólios privados.

"Vamos estar atentos a isso", sublinhou. Num artigo de opinião, o economista Alves da Rocha revela que processos como as privatizações marcam o fim do socialismo e a abertura para uma verdadeira economia de mercado.

Entretanto, o processo de saída do Estado do sector produtivo, passando somente a regulador é anterior ao actual processo de privatizações tal como ilustram os sectores da banca e seguros, ambos hoje com mais de 20 operadores e onde hoje o Estado e seus sócios controlam menos de 50% da quota de mercado. (...)


(Leia o artigo integral na edição 537 do Expansão, de sexta-feira, dia 16 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)