Novo governo da Nigéria 'falha' aposta em mudança de rumo
O Presidente Muhammadu Buhari mantém a tutela do Ministério dos Petróleos e Zanaib Ahmed continua a gerir as Finanças.
O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, empossou, quarta-feira, o novo governo, seis meses depois da sua reeleição para um segundo mandato, tendo mantido quatro ministérios-chave nas mãos dos anteriores titulares, num total de 14 pastas, um sinal da aposta na continuidade que foi recebido com críticas e que contraria a necessidade de "mudanças estruturais" para reanimar a economia, enfraquecida pela excessiva dependência do petróleo.
Foram reconduzidos os ministros das Finanças, Zanaib Ahmed, dos Negócios Estrangeiros, Geoffrey Onyeama, e dos Transportes, Rotimi Amaechi. O Presidente Buhari nomeou um novo ministro de Estado para o petróleo, Timipre Silva, que admistrará a pasta, mas manteve a tutela nas suas mãos. A apresentação do novo executivo tem sido rodeada de críticas. Vários analistas políticos consideram que a repetição de 14 ministros, num Governo com 43 membros, é uma aposta na continuidade e um sinal vermelho a reformas.
A elevada idade média dos ministros, 60 anos, e a pouca representação de mulheres no Governo - sete - são outros pontos de discórdia, traduzindo a pouca vontade de mudança. Segundo o relatório do Instituto Republicano Internacional, ONG norte-americana, a Nigéria é o país com a menor representação feminina no parlamento na África Subsaariana. (...)
(Leia o artigo integral na edição 538 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)