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TAAG admite substituir a encomenda de Boeing 737 Max

AVIÕES PARA VOOS DOMÉSTICOS CHEGAM EM 2020 MAS NEGÓCIO COM A BOEING CONTINUA SUSPENSO

Sem renovar e aumentar a frota, a transportadora aérea nacional não será competitiva nem apetecível à entrada de capital privado, como pretende o Governo, alerta o PCE da empresa. Rui Carreira aponta a escassez de divisas como principal dificuldade enfrentada diariamente pela TAAG.

O FMI ordenou a suspensão do negócio, mas Angola ainda não desistiu da compra de 14 aviões Boeing de médio e longo curso, embora no caso dos seis 737 Max o negócio possa ser cancelado devido aos problemas de segurança que resultaram recentemente em dois acidentes fatais.

A revelação foi feita pelo presidente do conselho executivo da TAAG, num encontro informal com jornalistas. "É uma decisão do accionista Estado. Estamos todos em stand-by. A Boeing diz que está tudo a ir muito bem, mas continuam as notícias de que ainda há mais problemas e mesmo sendo um bom avião as pessoas podem ter medo de viajar nele", afirma Rui Carreira.

O gestor admite que já foi abordado por fornecedores, como a Airbus e a Embraer, mas diz que "a decisão definitiva ainda não está tomada". Seja como for, "para aumentar rotas e crescer" é preciso investir. "Alguns dos nossos aviões já têm 12 anos e é altura de se pensar em modernizar para não perdermos a competitividade. E refiro-me a toda a frota, porque os 737 e os primeiros 777 foram comprados em 2006 e já estão a entrar na faixa de maturidade elevada e se a intenção for vender as aeronaves elas ainda têm um bom preço de mercado", explica o PCE.

Para já, o FMI desbloqueou a compra de seis aeronaves destinadas a voos domésticos e regionais, a um custo unitário entre 34 e 37 milhões USD. Segundo Rui Carreira, "o técnico do FMI admitiu que não era especialista em aviões, mas disse que era especialista em finanças e que o Estado não tinha dinheiro para suportar todo o investimento previsto. Só depois de ver os números da compra dos Dash 8-400 é que deixou Angola avançar".

Os seis aviões turbo-hélice de 72 lugares tinham entrega prevista para o primeiro semestre de 2020, ao ritmo de um por mês, mas dificilmente será mantido o calendário. "Se não chegarem em Janeiro, chegam em Março ou Abril", diz Rui Carreira. (...)

(Leia o artigo integral na edição 538 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)