As dificuldades em aceder a financiamento e a crise cambial continuam a pesar no desenvolvimento da actividade empresarial e a penalizar a produção interna, admitem vários empresários que esta semana participaram na Expo-Indústria 2019, que apelam ao Governo para criar mais incentivos à produção. Já o sector das bebidas pede a revisão em baixa do Imposto Especial de Consumo, que entrou em vigor a 1 de Outubro juntamente com o IVA.

A estas e outras preocupações apresentadas por empresários, na 4.ª edição da Expo-Indústria, o Executivo responde com futuros investimentos na construção de infra-estruturas, de forma a garantir a redução de custos de produção.

O secretário de Estado da Indústria, Ivan do Prado, garantiu, na abertura do evento, que apesar das dificuldades, o sector tem vindo a afirmar-se, pelo que "a produção nacional tem qualidade para reduzir as importações de bens de primeira necessidade".

Para tal, prosseguiu, o Ministério da Industria "tudo faz" para que cada vez mais investidores apostem no mercado interno, no âmbito de abertura do País ao investimento directo nacional e estrangeiro.

O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) José Severino, defende que o Estado deve garantir mais incentivos, além do financiamento que já existe através do Programa de Apoio ao Crédito (PAC) no âmbito do Prodesi. "Continuamos a apelar o Governo no sentido de que os grandes importadores se virem para o mercado interno para adquirirem produtos nacionais e esse pode ser o mecanismo de estímulo aos industriais que, mesmo com a crise, continuam a apostar no mercado interno", explica o "patrão dos patrões". (...)

(Leia o artigo integral na edição 545 do Expansão, de sexta-feira, dia 11 de Outubro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)