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África

Quénia ajudou a testar teoria dos Nobel da Economia 2019

INVESTIGADORES MELHORARAM CAPACIDADE DE LUTAR CONTRA A POBREZA GLOBAL

Ao dividir a pobreza por um "variado número de problemas mais pequenos, mas precisos", os três investigadores premiados com o Nobel da Economia encontraram um modelo "mais operativo e eficiente" de combate à pobreza, como explica Alves da Rocha. O modelo já foi testado, com sucesso, em aldeias do Quénia.

Perceber os fenómenos que concorrem para a pobreza, num determinado meio ou país, e testar as soluções em três ou quatro locais antes de aplicá-las a toda a população-alvo é a receita dos três economistas laureados este ano com o Nobel da Economia, por terem introduzido uma abordagem experimental no combate à pobreza global.

O modelo tem vindo a ser testado, há duas décadas, em vários continentes e, em África, o Quénia serviu de laboratório às teorias da francesa Esther Duflo e do indiano Abhijit Banerjee, ambos do Massachusetts Institute of Technology (MIT), e ao norte-americano Michael Kremer, professor na Universidade de Harvard.

A pesquisa realizada por estes laureados "melhorou consideravelmente a nossa capacidade de lutar contra a pobreza global", explicou a Real Academia de Ciências sueca, fazendo referência a experiências de campo realizadas por estes investigadores e que permitiram melhorar os resultados escolares no oeste do Quénia.

O casal Banarjee e Duflo, que dirige o laboratório "Poverty" no MIT, e Kremer realizaram estudos semelhantes noutros países, como a Índia, onde mais de cinco milhões de crianças foram favorecidas por programas para melhorar o rendimento escolar e que permitiram testar a validade das suas teorias.

Alves da Rocha, economista e investigador do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, destaca a abordagem "predominantemente micro" do trio de investigadores, ao contrário do que é habitual, como aconteceu na China, país que, numa década, retirou da pobreza "300 milhões de cidadãos, sobretudo através do crescimento económico e geração de empregos". (...)


(Leia o artigo integral na edição 546 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Outubro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)