As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) subiram 1% em Outubro para 10.210 milhões USD, e permitem garantir os custos de importação de bens e serviços durante cinco meses, de acordo com cálculos do Expansão com base em dados do Banco Nacional de Angola (BNA).

Nos primeiros seis meses do ano, o País gastou 7,8 mil milhões USD na importação de bens e 4,2 mil milhões na importação de serviços. Contas feitas, entre Janeiro e Junho, as importações angolanas atingiram os 12,1 mil milhões USD. Em média, foram gastos mensalmente 2 mil milhões USD na importação de bens e serviços.

Assim, como as Reservas Internacionais Líquidas em Outubro eram de 10.210 milhões, significa que garantem 5 meses de importações de bens e serviços, inferior aos 8 meses que eram a meta do Governo de João Lourenço quando, no final de 2017, lançou o Plano Intercalar, com 136 medidas para a saída da crise em três anos.

Apesar de as RIL actuais estarem abaixo dos critérios de desempenho definidos inicialmente no programa de apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola, em Março essa meta foi revista e os valores baixaram de 10.700 milhões USD para 9.516 milhões no final de Setembro.

Desta forma, as reservas internacionais estão dentro do que está definido no programa. Até ao final do ano, o programa prevê ainda uma descida das RIL até aos 9.141 milhões, valor que terá de subir até Junho de 2020 para os 9.266 milhões. A concretizarem-se estes valores, nessa altura as RIL darão apenas para 4,5 meses de importações.

Desde que João Lourenço assumiu os destinos do País, em Setembro de 2017, Angola "perdeu" 3.386 milhões USD em reservas internacionais, já que nesse mês as RIL eram equivalentes a 15.157 milhões USD. Ainda assim, valores distantes dos 34.017 milhões que "valiam" em Setembro de 2013. Dessa altura para cá, o País já perdeu 23.816 milhões. (...)

(Leia o artigo integral na edição 553 do Expansão, de sexta-feira, dia 6 de Dezembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)