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Bancos continuam 'bloqueados' na importação de dólar dos EUA

RISCO DAS OPERAÇÕES NÃO COMPENSA RESULTADOS PARA OS AMERICANOS

Contrariamente à "euforia" que se instalou na sequência das declarações do governador do BNA sobre reposição da correspondência em dólar directamente dos EUA, vários bancos nacionais garantem que relação não passa de operações marginais de liquidação de cartas de crédito.

Os 26 bancos comerciais continuam a enfrentar dificuldades para importar dólares directamente de instituição financeiras baseadas nos Estados Unidos da América (EUA), contrariando a euforia que se seguiu ao anúncio pelo Banco Nacional de Angola (BNA) sobre a reposição, por alguns bancos, das relações de correspondência em dólar. Isto porque para os norte-americanos, os riscos das operações, que até podem levar a multas naquele país, não compensam potenciais ganhos com as operações com a banca angolana, cujas regras de compliance só agora começam a estar actualizadas face às exigências internacionais.

Ao que o Expansão apurou junto das direcções de vários bancos, as únicas operações actualmente realizadas com os correspondentes bancários nos EUA são as "facilitações nos pagamentos ou na liquidação de cartas de crédito".

"Não há nada mais do que isso. Precisamos é de ganhar a confiança dos americanos. Uma coisa é ter correspondente para operações pontuais; outra é ter venda directa de moeda estrangeira. Hoje ninguém está a comprar moeda directamente dos EUA", confirmaram fontes do Banco Keve.

As operações de compra e venda de dólar através dos correspondentes ficaram suspensas em finais de 2015 por imposição do regulador norte-americano que apontou falhas no compliance e suspeitas de lavagem de dinheiro nas operações financeiras angolanas.

Do final de 2015 para cá, os dólares só "entram" no País com a venda de barris de petróleo - que vive uma crise desde 2014 - ou com a compra directas às petrolíferas e pelo investimento directo estrangeiro. Este ano, o dólar voltou aos leilões e já é a moeda mais vendida que o euro, depois de quase dois anos e meio desaparecido dos leilões. (...)


(Leia o artigo integral na edição 554 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Dezembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)