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Opinião

2019 - Como os grandes também falham

Capital Humano

Quando uma empresa se decide instalar num outro país, importa que a mesma perceba a identidade e cultura do mesmo, o momento que vive e que viveu recentemente. E as pessoas para liderar um processo desses têm de ter essa mesma mentalidade e abertura.

Como é do conhecimento geral, Portugal está a viver um dos seus melhores momentos na atracção de empresas tecnológicas, umas de grande dimensão e outras ainda numa fase inicial das suas vidas. Uma das empresas que passou por Lisboa foi o gigante alemão do comércio electrónico, de seu nome Zalando. Pouco mais de um ano depois, a empresa decidiu fechar portas em Portugal.

A Zalando, com cerca de 11 anos de actividade, é o líder europeu em e-commerce no sector fashion. Tem uma facturação de cerca de 6,2 biliões de euros e cerca de 15.000 colaboradores, em que destes, cerca de 2.000 são engenheiros de desenvolvimento de software. Além de escritórios na Alemanha, tem também hubs tecnológicos em mais dois países, sendo eles a Finlândia e a Irlanda. Estes mantiveram-se devido a estarem já num nível de maturidade diferente do de Portugal, no entanto são hubs de pequenas dimensões, com cerca de 100 colaboradores cada.

Tem um modelo de negócio interessante, uma vez que tem a sua própria logística, ou seja, adquire as colecções, armazena e despacha. O que faz com que cerca de metade dos seus colaboradores, sejam do sector da logística. Domina o negócio verticalmente, o que é de todo uma vantagem competitiva para com outros semelhantes, mas também apresenta o risco de stock no caso de não venda. Para este último fim, tem sempre as lojas físicas, muito poucas ainda.

Os seus dois fundadores, aos quais, pouco depois, se juntou um último, foram visionários na construção de um negócio desta natureza no momento certo e com várias pessoas com energia, talento e competências para uma startup. Acontece que quando a empresa cresce para os números acima referenciados, é fundamental apostar em pessoas com experiência, não só de diferentes indústrias, mas também de empresas corporativas, multinacionais, uma vez que estas têm já processos e sistemas bem consolidados, além, claro, de terem experiências fundamentais em situações críticas de negócios.

(...)

(Leia o artigo integral na edição 556 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)