A inserção de novos trabalhadores numa estrutura empresarial deve obedecer a alguns critérios objectivos, de forma a que estes se possam sentir motivados e responsabilizados, cumprindo devidamente a função para que foram contratados. O primeiro tem a ver com a definição clara das funções que este vai exercer. Estas funções devem ser escritas e entregues ao novo empregado.

Muitas empresas não têm um manual de funções para os diversos cargos da sua estrutura, sendo que este deve ser um primeiro passo dos gestores - definir de uma forma clara o que cada um deve fazer dentro das atribuições do cargo que ocupa. Não se espera que cada organização tenha um manual de funções muito detalhado, até porque hoje tem de existir versatilidade e capacidade de adaptação por parte dos trabalhadores na sua actividade diária, mas é importante que exista uma base.

Olhemos, por exemplo, para uma empresa industrial, uma primeira divisão importante - as funções ligadas directamente à produção e aos serviços de apoio. E vai-se subdividindo, nos serviços de apoio temos área comercial, administrativa, transporte, etc..

Na área comercial, os que vendem e os que entregam as mercadorias. No grupo dos que vendem, os vendedores propriamente ditos, os responsáveis de equipa (estejam elas divididas com critérios geográficos ou de produto) e os directores. Dentro dos vendedores, os que trabalham grandes clientes e os fazem o mercado de retalho. E este exercício para todas as actividades da empresa. Fica, no entanto, um conselho: se detalhar muito as diversas actividades terá depois maior dificuldade em proceder à atribuição de funções para cada uma delas. (...)

*Director de Recursos Humanos

(Leia o artigo integral na edição 556 do Expansão, de sexta-feira, dia 10 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)