Após quase dois anos de pressão e uma guerra comercial, com impacto global, os EUA e a China assinaram, quarta-feira, em Washington, um acordo que prevê o levantamento das tarifas alfandegárias, daqui a dois anos, se os dois países cumprirem as metas de aumento das importações na ordem dos 200 mil milhões USD, do lado chinês, e de 77,7 mil milhões, do lado americano.

O acordo, que a colunista da Reuters Gina Heeb classifica como sendo mais "um impulso de curto prazo para a campanha de reeleição de Trump [que ocorre em Novembro de 2020] do que uma estrutura de longo prazo", força ainda a China a reprimir o roubo de tecnologia americana e a promover protecções mais rígidas à propriedade intelectual, maior escrutínio dos movimentos da moeda e um sector financeiro mais aberto.

Mas a "natureza altamente unilateral da maioria das obrigações deixa pouca confiança de que Pequim mudará o seu comportamento no grau que a Casa Branca parece esperar", como evidencia o Financial Times, num artigo intitulado "Trégua na guerra comercial EUA-China é apenas parcial".

O desequilíbrio é evidente no texto do acordo assinado quarta- feira pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo vice-primeiro ministro chinês, Liu He. O documento de 86 páginas prevê o aumento das compras chinesas de produtos americanos, na ordem dos 200 mil milhões USD, a começar com 78,7 mil milhões USD no primeiro ano. E, da parte dos Estados Unidos, aponta a um aumento das importações de produtos manufacturados chineses no montante de 77,7 mil milhões, um valor bem mais modesto nas trocas comerciais.

(Leia o artigo integral na edição 557 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)