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Angola

Inflação homóloga fecha o ano abaixo da meta estabelecida pelo Governo

ESPECIALISTAS E GESTORES DESCONFIAM DOS NÚMEROS DO INE

As contas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) apontam a uma inflação homóloga de 16,9%, abaixo dos 17,5% previstos pelo Executivo. Especialistas dizem que dados não reflectem entrada em vigor do IVA e a depreciação acentuada do Kwanza face às moedas estrangeiras.

A inflação homóloga fechou o ano de 2019 nos 16,9%, abaixo da meta do Governo, indicando uma desaceleração de 1,7 pontos percentuais face a 2018, quando o indicador se fixou nos 18,6%, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados referentes ao último mês de 2019 estão em linha com as previsões das metas do Governo que antecipava uma inflação, nos 12 meses do ano passado, de 17,5%.

Especialistas e gestores admitem desconfiar dos dados sobre a inflação especialmente num ano em que entrou em vigor o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) mas também em que o Kwanza depreciou 36% face ao dólar e 35% face ao euro. Na prática, consideram que os dados sobre os preços não tiveram em conta estes dois cenários, admitindo que houve um agravamento do custo de vida a nível nacional superior ao dos valores agora avançados pelo INE.

O INE indica que, em termos mensais, a inflação acelerou 1,9%, com os angolanos a pagaram mais com a compra de bebidas alcoólicas e tabaco, onde os aumentos chegaram aos 2,6%, sendo considerado o maior aumento de todo o cabaz. Seguiram- se também a alta de preços nas classes hotéis, cafés e restaurantes com 2,4%, alimentação e bebidas não alcoólicas com 2,3% e vestuário e calçado com 2,1%.

Em termos regionais os maiores aumentos registaram-se no Bengo com 2,8%, Cuando Cubango 2,6%, Huambo 2,5% e Huíla com 2,1% e no sentido inverso está a Lunda Sul e Bié com 1,5% cada, Namibe com 1,6% e Cabinda com 1,7%. (...)

(Leia o artigo integral na edição 557 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)