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Angola

Economia recuou 0,4% nos primeiros nove meses de 2019

CONTAS NACIONAIS TRIMESTRAIS

Depois das quedas homólogas de 0,3% no primeiro trimestre e de 0,1% no segundo, o PIB recuou 0,8% no terceiro trimestre, colocando o crescimento dos nove primeiros meses do ano passado em 0,4%. O cenário confirma as previsões do Governo e do FMI de quarta recessão consecutiva.

A economia nacional caiu 0,4% nos primeiros nove meses de 2019 face ao mesmo período de 2018 indiciando aquela que será a quarta recessão económica em quatro anos, que o Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimam que será na ordem dos -1,1% no final de 2019.

No terceiro trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,8% face ao período homólogo de 2018, depois de ter caído 0,3% e 0,1% no primeiro e segundo trimestres, respectivamente, também em termos homólogos. Feitas as contas chegámos à quebra de 0,4% nos primeiros nove meses.

Segundo os cálculos do Expansão a partir dos dados do INE, a principal causa daquela que será a quarta recessão deve-se, essencialmente, à queda extracção e refinação de petróleo (-6,6% face ao III trimestre de 2018), mas também pelo recuo nas pescas (15,6%), na intermediação financeira e de seguros (-5,9%), da indústria transformadora (-2,4%), das telecomunicações (-2,1%) e comércio (-1,3). Ou seja, além da descida nas exportações (de petróleo) também a queda do consumo está a prejudicar o crescimento da economia.

Em sentido contrário, a puxar a economia para cima ou pelo menos a impedir que ela caísse ainda mais nos primeiros três trimestres de 2019 face ao mesmo período de 2018 estiveram a extracção de diamantes, minerais metálicos e de outros minerais não metálicos (7,9%), seguidos da construção (6,0%) e electricidade e água (5,2%) e o sector imobiliário (3,0%). Destaque ainda para a agro-pecuária e silvicultura que cresceu 1,0%, beneficiando da diminuição das importações de bens alimentares no período.

Só uma forte inversão à tendência de queda do Produto Interno Bruto poderá impedir aquela que será a quarta recessão económica em Angola, cenário até já antecipado pelo Governo, pelo FMI e, mais recentemente, pelo Banco Mundial que, apesar de tudo, até tem sido mais optimista nas suas previsões sobre Angola (ver gráfico). As causas da queda do PIB são unanimes: a diminuição ano após ano da produção de petróleo, o principal bem exportável do País, devido ao menor retorno dos campos mais antigos e ao adiamento de investimentos noutros anos. Ou seja, aquilo que no sector se diz ser o percurso do declínio da produção de petróleo em Angola. (...)


(Leia o artigo integral na edição 557 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)