Apenas as finanças, transportes e telecomunicações registam avanços
A privatização da ENSA está em velocidade de cruzeiro. Nos restantes sectores, o processo está a andar, mas devagarinho. Grupo técnico para as privatizações já tem prontas as informações que servirão de base ao decreto que vai definir as percentagens da seguradora a privatizar.
A equipa técnica das privatizações já tem um dossier para propor ao Presidente João Lourenço para servir de base ao decreto que vai definir os próximos passos das privatizações de empresas dos sectores financeiro, telecomunicações e transportes, numa altura em que passaram cinco meses após a publicação do Programa das privatizações.
Segundo apurou o Expansão, junto de fontes do Grupo Técnico da Comissão Nacional de Implementação do Programa de Privatizações (PROPRIV), outros sectores de actividade como recursos minerais e petróleos, agricultura e indústria apenas serão dinamizados depois de concluídas as reformas que são alvo os sectores de actividade.
O Sector Financeiro, tal como previsto no PROPRIV, está muito mais adiantado no processo, nomeadamente com a ENSA, cujo processo vai culminar com a privatização, a estar em fase avançada faltando apenas a entrega dos resultados apurados pelo grupo técnico ao Presidente da República que por lei tem a última palavra sobre a percentagem do capital a privatizar em cada uma das 195 empresas cujos activos ou participações serão alienados até 2022.
"Não podemos dizer ainda qual a percentagem da ENSA a privatizar porque esta decisão deve ser tomada pelo Presidente da República, mas posso dizer que quem entrar para o capital vai ter de ficar com o controle da gestão do negócio" referiu um dos membros do grupo técnico da comissão Nacional de Implementação do PROPRIV, órgão liderado pelo ministro de Estado e Da Coordenação Económica (MECE), Manuel Nunes Júnior.
Outra fonte referiu que todas as empresas que fazem parte do processo de privatizações, com excepção de uma ou duas do sector financeiro e as infra-estruturas do sector dos transportes, em que se vai privatizar a gestão todas as outras terão necessidade de recapitalização. Ou seja, o Estado terá ainda que injectar capital e só depois privatizar. (...)
(Leia o artigo integral na edição 557 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)