A ENDIAMA vai dispersar 30% do seu capital social em bolsa e os trabalhadores podem ficar com parte desse capital, anunciou o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, que falava, na quarta-feira, dia 15, na gala que assinalou os 39 anos da empresa.

O processo da dispersão do capital será realizado de forma gradual até à conclusão do programa de reestruturação em curso na diamantífera estatal que também deverá perder o papel de concessionária para a Agência Nacional de Recursos Nacionais.

O objectivo, de acordo com o ministro, será o de concentrar a diamantífera exclusivamente, em actividades de produção de diamantes para atingir os objectivos do Governo estabelecidos no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, que aponta a uma produção de 14 milhões de quilates de diamantes em 2022 e atingir uma receita bruta de 1,8 mil milhões USD.

Por sua vez, o presidente da ENDIAMA, Ganga Júnior, balanceando as actividades desenvolvidas em 2019, disse, no início da semana, que a actividade industrial de diamantes, desenvolvida por 12 empresas a operar em Angola, produziu 9,0 milhões de quilates no ano passado, uma quebra de 4,8% em termos homólogos devido à descontinuidade da mina do Cat E 42, na Lunda Sul. Os dados apresentados indicam que adicionando a actividade semi-industrial (35,8 mil quilates), a produção conjunta de diamantes ascendeu a 9,1 milhões de quilates.

A actividade industrial comercializou estes 9,114 milhões de quilates ao preço médio de 138,5 USD por quilate, valor que compara com os 168,4 USD por quilate verificado em 2018, de que resultou uma redução do preço médio em 17,8%.

(Leia o artigo integral na edição 557 do Expansão, de sexta-feira, dia 17 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)