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Dividendos de Sonangol e Isabel dos Santos sobem para 646 milhões EUR

DESDE O INÍCIO DO INVESTIMENTO INDIRECTO NA GALP

Se vendesse a sua participação indirecta na Galp, a Sonangol obteria uma mais-valia potencial de 990 milhões de euros, enquanto Isabel dos Santos receberia 660 milhões. A participação indirecta de ambas vale hoje 1.815 milhões num negócio que custou 812 milhões.

A petrolífera portuguesa Galp anunciou esta semana que vai pagar o valor mais alto em dividendos dos últimos 12 anos, relativo ao exercício de 2019, com um aumento de 10% face ao exercício de 2018, o que, de acordo com contas do Expansão, eleva para 646,2 milhões de euros os dividendos que os sócios angolanos Sonangol e Isabel dos Santos receberam desde que entraram por via indirecta naquela empresa.

Partindo do princípio do aumento de 10% na distribuição de dividendos por acção face ao que foi distribuído em 2018, significa que a Galp irá "pagar" 0,696 euros por cada uma das 829.250.635 acções. A participação angolana na Galp é de forma indirecta por via da participação da Holding Esperaza (Sonagol 60% e Exem 40%) na Amorim Energia, a accionista de referência da empresa portuguesa.

A Esperaza Holding detém uma participação indirecta de 14,85% na Galp: a Sonangol tem uma participação indirecta de 9,81% na petrolífera portuguesa enquanto a Exem de Isabel dos Santos tem de 5,94%. Contas feitas, nesta distribuição de dividendos, caso a Esperaza os redistribua na íntegra à Sonangol, a petrolífera nacional terá direito a receber 51,4 milhões de euros, e Isabel dos Santos 34,3 milhões. Desta forma, e de acordo com cálculos do Expansão com base nos relatórios e contas da Galp desde 2006, ano em que a Amorim Energia entrou na petrolífera portuguesa, a Esperaza Holding que pertence à Sonangol e à Exem de Isabel dos Santos já recebeu 646,2 milhões de euros.

Esta quarta-feira, cada uma das acções da Galp valiam em bolsa 14,585 euros. Contas feitas, se vendessem a sua participação indirecta na petrolífera portuguesa, a parceria Sonangol-Isabel dos Santos obteria quase 1.650 milhões de euros em mais-valia potencial. Em 2005 gastaram 812 milhões de euros, receberam dividendos 646,2 milhões de euros e a sua participação vale hoje 1.815 milhões. A Sonangol obteria uma mais-valia potencial de 990 milhões, enquanto Isabel dos Santos obteria 660 milhões. (...)


(Leia o artigo integral na edição 562 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)