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Angola

Candongueiros ameaçam parar em Luanda por causa da Covid-19

ASSOCIAÇÃO DE TAXISTAS DE LUANDA DEFENDE

Fraca afluência de passageiro e novas regras na lotação condicionam o serviço normal. A facturação baixou de 15 mil kz para menos de 8 mil kz/dia.

A Associação dos Taxistas de Luanda (ATL) defende a paralisação de toda a actividade de táxi por causa da pandemia de Covid-19 por se tratar de uma questão de saúde pública. O presidente da ATL, Manuel Faustino, explicou que as viaturas que utilizam são muito apertadas e que se uma pessoa contaminada estiver no interior a proliferação da doença poderá ser maior. "A província tem cerca de 35 mil táxis, e não estamos em condições de operar assim, ninguém entra num táxi sem tocar no outro. Parar é a melhor maneira de preservarmos a vida".

Os taxistas viram reduzida a facturação, que rondava aos 15 mil kz/dia, para menos de 8 mil kz, cerca de metade. A justificação é dada pela falta de passageiros nas principais paragens da capital, principalmente no período da manhã (das 07h00 às 11h00), e para as medidas de contingência de combate à pandemia de Covid-19, que limitam a sete o número de passageiros a transportar. Um grupo de taxistas entrevistados pelo Expansão, disse que, desde o anúncio dos primeiros casos positivos no País, as pessoas têm "medo" de subir aos táxis com mais que essa lotação.

"Desde terça-feira que a cidade regista um fraco movimento, tudo porque algumas empresas e instituições, sobretudo públicas, decidiram suspender as suas actividades ou estão a trabalhar por turnos e as escolas fecharam", garantiu o taxista Moisés Pascoal, que faz a rota Kilamba/Golf 2. "Os patrões não querem saber se na via há ausência de passageiros ou não, eles só querem o dinheiro completo e assim fica muito difícil. Temos de comprar combustível para abastecer a viatura, pagar o parque de estacionamento todos os dias. mas como o emprego está muito difícil, não temos outra alternativa", desabafou. (...)


(Leia o artigo integral na edição 567 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)