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Angola

AGT exclui por agora moratória no pagamento de impostos

EMPRESÁRIOS PEDEM ADIAMENTO DE PRAZOS, MAIS ISENÇÕES E REDUÇÕES NOS IMPOSTOS

Tal como acontece noutros países, os empresários angolanos já se movimentam para pedir uma moratória no pagamento de impostos, que pode durar três ou seis meses. Uma hipótese que ainda não foi equacionada pela AGT, nas medidas de flexibilização de pagamentos que está a analisar.

A Administração Geral Tributária (AGT) está a adoptar e propor medidas de flexibilização dos pagamentos e das entregas das declarações, mas não avança por enquanto com nenhuma proposta ao Governo para a concessão de uma moratória (atraso ou suspensão) no pagamento de impostos. Esta é uma das propostas que o Grupo Técnico Empresarial (GTE), organização ad hoc coordenada por Carlos Cunha, empresário e membro do Conselho da República, vai apresentar ao Ministério das Finanças, para garantir a "sobrevivência das empresas" e "solidariedade com os trabalhadores".

Para além de uma moratória, entre três a seis meses, nos prazos de pagamento e entrega de documentos, o GTE defende "adequações ao IVA, ou mesmo a sua suspensão, e reduções no Imposto Industrial, no Imposto Especial de Consumo, Imposto de Selo e no Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT).

"A AGT está a avaliar o que melhor se adapta ao nosso contexto macroeconómico", afirma fonte da autoridade tributária ao Expansão, adiantando que esta é uma "situação inesperada", em Angola e no mundo, que requer uma análise ponderada para analisar os dois lados da moeda.

Por um lado, há a necessidade de "não defraudar o Estado, que precisa de receitas para acomodar as despesas urgentes, sobretudo relacionadas com o sistema de saúde nesta fase crítica" e, por outro, há que salvaguardar o "sector privado que precisa de ser estimulado, para gerar emprego e rendimentos", refere Bráulio de Assis, director do Gabinete de Comunicação Institucional da AGT.

Mas este é um cenário que não está posto de lado, segundo apurou o Expansão. Ou por iniciativa da AGT, que apresenta a proposta à ministra das Finanças, Vera Daves, que, por sua vez, a submete ao poder Executivo. Ou por iniciativa do próprio poder Executivo, neste caso o Governo chefiado pelo Presidente da República, João Lourenço.

Em relação ao IVA, que é um imposto 100% electrónico, a AGT também não contempla por agora alterações, ao contrário do que pretende o Grupo Técnico Empresarial (ver caixa ao lado). Os contribuintes "podem submeter as suas declarações e efectuar os pagamentos no portal do contribuinte, sem necessidade de se deslocarem às repartições fiscais", tal como têm feito desde a entrada em vigor do IVA, em Outubro de 2019, refere Bráulio de Assis, adiantando que a AGT tem estado a "atender às preocupações que os contribuintes têm submetido" à sua apreciação. (...)

(Leia o artigo integral na edição 568 do Expansão, de sexta-feira, dia 3 de Abril de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)