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Opinião

A liderança feminina na pandemia...

Gestão de pessoas

Defendo a equidade do género, mas defendo, acima de tudo, a importância do reconhecimento e da valorização da performance da mulher líder, defendo-o e comparo-o com uma perspectiva provocadora da primeira-ministra da Nova Zelândia, "quero ser conhecida como líder, não como mulher líder. E não como mulher que apenas deu à luz".

É com muito orgulho que leio e vejo os resultados alcançados pelas mulheres líderes face a esta pandemia. É com orgulho que vejo a quantidade de artigos a destacarem a nível mundial as suas acções. É com orgulho que se valorize o papel destas mulheres e o sucesso das suas acções.

Alguns dos exemplos apontados têm sido os de Angela Merkel (Alemanha), Jacinda Ardern (Nova Zelândia), Tsai Ing-wen (Taiwan), Katrín Jakobsdóttir (Islândia), que, ao posicionarem-se rapidamente, tomaram decisões e respostas rápidas face à Covid-19, conseguindo com isso obter uma baixa taxa de mortalidade nos seus países.

Tenho orgulho que se destaquem as suas acções, mas simultaneamente decepcionada porque tantas vezes são retratadas com o argumento de que por serem mulheres tomaram decisões mais cautelosas... Por serem Mulheres? Não é a preservação da vida humana a preocupação fundamental e imprescindível de um líder? Não é esta a prioridade do líder? A vida humana vale afinal "jogos ou lutas de poder? Não deverá o líder assegurar serenidade, tranquilidade, confiança aos seus cidadãos?

As competências evidenciadas: empatia, cuidar, foco, antecipação, prudência, adaptabilidade, são algumas das que têm emergido, sendo a empatia muito associada à liderança feminina. Mas serão estes os requisitos, única e exclusivamente, femininos? Certamente que não, mas que estão neste momento muito associados à liderança destas mulheres líderes.

Mas, e se fossem analisadas as acções dos diferentes Chefes de Estado e os resultados obtidos, sem olhar para a curva do género, o que obteríamos? Quais são as competências que aqui se poderiam destacar? Afinal, é importante liderar, fazer a diferença (e de preferência positiva) independentemente do seu género, correcto?

Por isso, é tão importante não estereotipar, já que ao diferenciar, única e exclusivamente pelo género, poderemos ser tendenciosos e apenas referir que as "mulheres são mais empáticas" e os "homens mais impetuosos"... O verdadeiro acontece em ambos os géneros. (...)


(Leia o artigo integral na edição 576 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)