Os estudantes do ensino superior estão contra o reinicio das aulas no dia 13 de Julho, devido ao aumento do número de casos da Covid-19 e à "falta de condições de biossegurança" nas instituições do ensino superior.

Apesar das instituições garantirem que as condições de biossegurança estão a ser preparadas para o reinicio das aulas, o presidente da Associação dos Estudantes das Universidades Privadas (AEUPA), Joaquim Costa, contesta e diz que as condições são duvidosas em função do tempo curto de preparação.

"O que mais nos preocupa, neste momento, é a segurança das pessoas. Constatamos que em muitas instituições de ensino superior ainda não se observam as estratégias de prevenção à Covid-19, o que demonstra o nível de preocupação da parte da comunidade académica", aponta.

O responsável da AEUPA, que falava durante um encontro que manteve com todos os presidentes das associações, sublinhou que as universidades têm problemas de água corrente e salas abarrotadas. Por essa razão, insiste, deve-se pensar melhor na data de reinicio das aulas para que as instituições preparem melhor as suas condições de biossegurança.

"Temos universidades com 3 a 4 mil estudantes. Como vai ser cumprido o distanciamento físico, numa altura em que as salas estão todas cheias? Como será a vida dos estudantes do período nocturno?", questiona Joaquim Costa, apelando para que o regresso das aulas não seja avaliado apenas pelo factor financeiro.

(Leia o artigo integral na edição 578 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)