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Opinião

Confiança: um desafio permanente

Gestão de pessoas

É uma referência obrigatória, é o que se exige às pessoas, quando estão a trabalhar, nas relações pessoais, no seio familiar. Mas qual o significado, de facto, da palavra confiança? De que forma esta impacta na sua vida? Porque é, deveras, tão importante, tão relevante? Numa pesquisa simples e acessível a todos: "A confiança é o sentimento de segurança ou a firme convicção (a fé) que alguém tem relativamente a outra pessoa ou a algo. Também se trata da presunção de si próprio e de uma característica que permite levar a cabo coisas ou situações por norma difíceis."

1. Crença na honestidade de alguém: ter confiança em alguém

2. Segurança em si próprio

3. Esperança: ter confiança no futuro"

E mais 25.000 ocorrências, quando pesquisada a definição da palavra confiança.

Portanto, não será por ausência de informação que se pode dizer que não se sabe o que é. Diria mesmo que aprendemos em tenra idade o que é a confiança, quando sentimos carinho e o amor dos nossos pais, parentes, ou simplesmente daqueles que cuidam de nós e nos amparam desde o primeiro dia. Quando aprendemos a andar e alguém nos dá confiança para darmos mais um passo. Quando nos tornamos mais velhos e vamos para a escola e confiam em nós para estudar e depois, em adultos, quando há confiança, que nos é depositada pelo nosso empregador, pelos amigos, pela família e por tantas outras pessoas que passam pela nossa vida.

Mas a confiança é um acto de dar e receber. Só consigo receber se também aprender a receber. E aqui começam os desafios com que nos deparamos.

Primeiro ter a confiança, ganhar a confiança de alguém de forma genuína e sincera não é fácil. A confiança ganha-se? Conquista-se? Merece-se? Talvez todas as possibilidades permitam criar, implementar relações de verdadeira confiança. Enquanto líder, como lidera as suas pessoas se não confiar nelas? Se considerar que existem na sua equipa pessoas que não merecem a sua confiança? E que impacto tem esta ausência de confiança no resto da equipa e na própria organização?

De facto, por vezes, terá de gerir pessoas onde não existe confiança. Importante é compreender porque é que essa relação está destruída, o que impede de confiar? É apenas pessoal? Ou profissional? Está relacionado com as atitudes que os outros têm para consigo? E de que forma consegue ultrapassar? Quando confia e quando quebram a sua confiança? Como se sente? De que forma vai actuar depois dessa ocorrência? Por vezes, há feridas que não curam, tal como há confianças que jamais serão recuperadas.

*Especialista em Recursos Humanos

(Leia o artigo integral na edição 589 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Agosto de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)