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Gestão

Os desafios na gestão de fundos de pensões no mercado em crescimento

Em análise

À medida que o nosso mercado financeiro se vai posicionando, no sentido de dar resposta à demanda dos players no ambiente de negócios, o mercado de capitais vai dando algum a da sua graça, o que obriga outras instituições a atrelarem-se e a exalarem o seu perfume. Então, as entidades gestoras de fundos de Pensões não devem estar a lés deste processo, até apetecível. Num período em que a pandemia tem obrigado os indivíduos a consumirem menos, mantendo o nível de receitas, podem enveredar pela poupança, através de instituições financeiras não bancárias, como os fundos de pensões, ou seja, investimentos considerados indirectos, e estes fundos fazerem aplicações nas mais variadas formas, como em obrigações, capital de risco, acções, desde startups a grandes empresas.

O papel dos fundos de pensões é tido como meio de participação dos trabalhadores no capital das empresas e de desenvolvimento económico de um país, exigindo um mercado de capitais cada vez mais eficiente no seu papel de alocação de poupança. Meio para estimular a poupança dos indivíduos, advogado por Thomás Tosta de Sá, coautor do livro Fundo de Pensão e Mercado de Capitais, editado em 2008, organizado por Adacir Reis.

É necessário que os gestores das entidades gestoras dos fundos de pensões se capacitem permanentemente, de forma a estarem à altura dos desafios que o sector financeiro vai exigindo, mormente a Bolsa de Valores, instituição vocacionada para realizar operações com activos financeiros e outros.

Os fundos em análise são classificados em abertos e fechados. Numa definição puramente financeira, os fundos abertos são aqueles em que se pode efectuar a subscrição ou resgate de unidades de participação em qualquer momento do tempo. E os fundos fechados são aqueles em que a subscrição só é possível durante um período pré-determinado, de acordo com o estabelecido no prospecto, e o resgate só ocorre na data de liquidação do fundo. Atenção a este tipo de fundos, devido ao tempo que os gestores dispõem, dando-lhes uma margem de tempo para aplicarem os activos. Mas só são viáveis num Mercado de Capitais ou Bolsa de Valores, com ofertas diversificadas de produtos financeiros.

Os fundos têm aplicado os seus activos maioritariamente nos bancos, que, por força da regulamentação, são os seus fiéis depositários, remunerados a taxas muito baixas, quando aplicados, cujo retorno da rentabilidade é negativa, devido à taxa de inflação superior à taxa oferecida, saindo a ganhar os bancos comerciais que aplicam estes mesmos "fundos", digo depósitos, no mercado de dívida pública, deveriam também ser concorrentes neste mesmo mercado, e obterem uma rentabilidade mais aceitável.

*Economista e docente universitário

(Leia o artigo integral na edição 590 do Expansão, de sexta-feira, dia 4 de Setembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)