Em concreto, a PGR apreendeu o Edifício Adli e Thyke Hotel (Tower) em Luanda, um imóvel adjacente ao terminal da transportadora rodoviária Macon, nas imediações do centro de sinistros do grupo AAA e os edifícios n.ºs 29, 30, 31, 32, 33 e 34 no referido condomínio Sodimo, na Praia do Bispo, que ficam à guarda do Cofre Geral de Justiça.

As apreensões decorrem de um processo de investigação internacional pelos crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influências e branqueamento de capitais. Em causa está uma investigação que envolve uma conta bancária de Carlos São Vicente congelada na Suíça, pelas autoridades daquele país, por suspeitas de lavagem de dinheiro com cerca de 900 milhões de dólares.

Carlos São Vicente, que está detido na Cadeia de Viana, em Luanda, já tinha visto serem-lhe apreendidos os edifícios AAA, dos hotéis IU e IKA, em várias províncias, o edifício IRCA, em Luanda, e os 49% da AAA Ativos no Standard Bank Angola.

Carlos São Vicente, casado com Irene Neto, filha do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, foi constituído arguido e detido preventivamente no dia 22, após ser ouvido pela segunda vez na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), órgão afeto à PGR.

A PGR solicitou também o congelamento de contas e apreensão de bens de Irene Neto, tendo sido enviadas cartas rogatórias a Portugal e Luxemburgo, a solicitar a colaboração das autoridades judiciais.