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Seca de liquidez em tempos de pandemia faz disparar crédito interbancário

Bancos mais pequenos sob pressão

Os empréstimos entre os 26 bancos comerciais que operam no país dispararam 40% desde o início do ano para 1,3 biliões Kz em Agosto, o que é explicado pelos especialistas com a entrada em vigor das últimas medidas de política monetária introduzidas pelo Banco Nacional de Angola (BNA), que secaram a liquidez de tesouraria de uma parte substancial dos bancos, especialmente no período da pandemia.

Se compararmos o período homólogo, trata-se de uma subida de mais de 500% face a Agosto de 2019 nas operações de troca de liquidez entre os players do sector bancário. Na prática, as medidas do BNA estão a secar a tesouraria dos bancos, estando estes agora obrigados a recorrer ao mercado interbancário, para que quem tem mais Kwanzas os possa emprestar para que, por esta via, consigam cobrir as suas necessidades sejam para operações diárias, sejam para aquisição de recursos em moeda externa.

As operações de troca de liquidez (ou permuta) acontecem quando os bancos com excesso de kwanzas, no final do dia, emprestem parte das suas disponibilidades a bancos com défice de kwanzas. No fundo, os bancos com menor disponibilidade estão obrigados a pedir dinheiro emprestado aos que têm mais para cobrir as responsabilidades diárias.

Com a introdução da taxa de custódia sobre o excesso de liquidez, o banco central passou a exigir que o dinheiro que as instituições bancárias têm guardado no BNA, também designadas por reservas livres, sirvam a economia sob pena de os bancos pagarem uma coima quando este dinheiro estiver parado. A esta medida, soma-se o aumento do coeficiente de reservas obrigatórias em moeda estrangeira que saiu de 15% para 17%, apertando, mais uma vez, a liquidez dos bancos já que esse aumento passa a ser feito pelo contravalor em moeda nacional.

(Leia o artigo integral na edição 595 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Outubro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)