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Opinião

Ondas e calemas

Editorial

Se olharmos para o horizonte podemos ver que estão a crescer "ondas de bajulação", a tornar-se mais fortes nos últimos dias, que podem significar "calemas" na costa nos próximos tempos.

Até porque em terra estão alguns, muitos deles com argumentos despropositados, que teimam em provocar a "natureza", para ver até onde ela vai. E como sempre acontece nestas coisas, os maiores danos serão para os banhistas ingénuos, que apenas querem desfrutar do mar de uma forma justa e livre, porque os primeiros, os que falei acima, têm barcos preparados para se "porem ao vento" quando a tempestade "apertar".

Mas existe uma grande responsabilidade da "mãe natureza". Que tem de ter a capacidade para "segurar" o crescimento destas ondas, muitas delas desejosas de provocar o caos para poder manter o seu "status", e tem de ter a consciência que se estas "ondas de bajulação" se tornam suficientemente fortes deixam de ser controláveis e, no final, vai inundar a vida de todos. E não apenas dos que estão na costa. Já aconteceu no passado e não pode acontecer no futuro. A "mãe natureza" não pode cair na tentação fácil e "gostosa" de se deixar inebriar pela força das suas "ondas de bajulação", porque também é responsável pelo que se passa em terra.

As calemas existem e são cíclicas, todos sabemos, servem, também, para equilibrar o meio ambiente. Mas a sua intensidade pode ser controlada pelos envolvidos. O diálogo entre a força das águas e as necessidades em terra, em momentos complicados como este, é fundamental para que se construam diques que amortizem os "estragos" em momentos de maior desequilíbrio e que permita que a vida em terra se desenvolva em segurança.

E diques não são apenas intenções ou decretos, são fundamentalmente acções e práticas diárias. Não são inverdades ou fantasias repetidas inúmeras vezes que até parecem ser a realidade, são antes compromissos e participação de todos na resolução dos problemas que afectam a maioria. A responsabilidade tem de ser global, assumida por cada um de forma individual.

Resumindo, se todos cumprirem devidamente as suas funções, se tiverem a humildade suficiente para perceber que podem não ter a razão toda, se estiverem disponíveis para se envolverem neste esforço nacional de ter um País melhor, primeiro, e só depois cumprirem as suas ambições pessoais, possivelmente as calemas, que se irão sempre repetir, serão mais tranquilas e não irão causar danos maiores. Os desafios são grandes e a obra é imensa, todos sabemos!