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"O mundo online está em franco crescimento, temos de antecipar esta mudança"

Francisco Vidal

Participa em duas exposições internacionais de arte. O que representa para si fazer parte de um colectivo tão restrito de artistas que participam nas duas mostras, nesta época de pandemia?

É importante para mim participar e interessa-me o estudo de diferentes temas da cultura contemporânea. Através da disciplina do desenho, desenvolvo questões e refino o meu sentido crítico. É nos momentos mais difíceis da Humanidade que surgem as obras de arte mais edificantes, porque elas servem para não nos desligarmos da imagem ideal daquilo que somos como seres humanos. E com o estudo dessas imagens e documentos trabalhamos ideias que agora estão no espaço da utopia e do sonho, mas que no futuro voltarão a ser realidade. E teremos de novo tempos de paz e progresso social e humano.

O que o levou a escolher a sua obra Sambizanga, para estar presente na exposição Prizm Miami?

A obra de arte com o mesmo título "Sambizanga" e as obras que fazem parte da nossa mostra na feira são uma singela homenagem a Sarah Maldoror [realizadora] que faleceu este ano. A cineasta e pioneira do cinema africano Sarah Maldoror realizou em 1972 o filme "Sambizanga", inspirado na novela de José Luandino Vieira "A Vida Verdadeira de Domingos Xavier". Sarah Maldoror foi ajudada no guião pelo seu marido Mário Pinto de Andrade. Neste ano, o tema da Feira de Arte PRIZM em Miami, nos EUA, é o Cinema Africano, sob o tema "Noir, Noir".

Que importância dá às exposições online?

O mundo está a adaptar-se aos tempos. E o mundo online está em franco crescimento. Por isso, temos de antecipar e enquadrar-nos nessa mudança.

Como está a viver a fase de confinamento? Em que medida alterou a sua agenda e os seus trabalhos?

Pessoalmente, e pelas pessoas à minha volta, tomo as cautelas necessárias. Mas não entrei em histerias e excessos, pelo contrário, naveguei calmamente pelo turbilhão e o confinamento não alterou ou obrigou a qualquer alteração na minha agenda.

Qual é a sua regra na organização do trabalho ao longo do ano?

Trabalho com códigos e gosto de pensamento crítico e estratégico. Vejo o trabalho como um somatório de experiências anteriores. Esforço-me sempre para que o trabalho mais recente tenha o melhor do trabalho anterior.

(Leia o artigo integral na edição 604 do Expansão, de sexta-feira, dia 11 de Dezembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)