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África

Vacinação em África só em Abril

Pandemia Covid-19

John Nkengasong, o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), voltou a reafirmar que a vacinação no nosso continente só deverá começar em Abril, tendo em conta as dificuldades de financiamento e a disponibilidade de vacinas.

De acordo com os números apresentados na última cimeira da UA, para atingir o objectivo de vacinar pelo menos 60% da população, África precisará de cerca de 1,5 mil milhões de doses de vacinas que, segundo as estimativas actuais, podem custar entre oito mil milhões e 16 mil milhões de dólares, com custos adicionais de 20 a 30% para a distribuição, ou seja, cerca de mais de 500 milhões de dólares. Este intervalo de custos tem a ver com o preço da vacina na origem, que pode variar entre 3 dólares a dose (Astrazeneca) e 50 dólares (Pfizer).

A quase totalidade dos países africanos depende do sucesso do programa de vacinação da iniciativa COVAX, lançada pela OMS e coordenada pela Unesco, que teve a adesão de mais de 180 países, em que cerca de metade serão dadores e 91 países pobres (onde se inclui Angola) serão os beneficiários. Mas para já a solidariedade internacional não está a funcionar como se esperava, como desabafa John Nkensansong: "Não há absolutamente nenhuma racionalidade ética e moral em os países ricos comprarem vacinas em excesso e esperarem para vacinar toda a sua população, antes de África ter acesso às vacinas". Uma projecção da Jeune d"Afrique aponta o final de 2024 como a data possível para concretizar o objectivo da imunização no nosso Continente.

(Leia o artigo integral na edição 606 do Expansão, de sexta-feira, dia 8 de Janeiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)