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Câmara dos Representantes aprova destituição de Trump mas julgamento deverá arrancar sob a presidência de Biden

É o segundo processo de impeachment

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, considerada uma câmara mais próxima da opinião popular, acaba de aprovar a instauração de um processo para destituir o Presidente cessante, Donald Trump, acusado de ter incitado um ataque ao Capitólio na semana passada.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, anunciou o resultado final da votação: 232 votos a favor (222 democratas e 10 republicanos) e 197 votos contra (todos republicanos).

Está garantida a maioria na Câmara de Representantes para iniciar o julgamento político de Trump, mas para conseguir a saída efectiva do presidente cessante é necessária a aprovação de uma maioria de 2/3 no Senado (onde o presidente é julgado), ainda controlado pelos republicanos. Os democratas pretendiam encetar uma luta contra o tempo para conseguir que o artigo de destituição seja aprovado na Câmara ainda a tempo de ser votado no Senado, antes da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, a 20 de Janeiro.

Cumprindo o calendário legislativo, os trabalhos do Senado estão parados, devendo retomar a actividade a 19 de janeiro, véspera da tomada de posse de Joe Biden. Nessa altura já as maiorias na câmara alta do Congresso estão invertidas.

O porta-voz do líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, confirmou no Twitter que o Senado não retoma a atividade antes do dia 19, o que quer dizer que o julgamento já só arrancará sob a Presidência de Biden.

Donald Trump tornou-se hoje no primeiro presidente dos EUA a sofrer dois processos de impeachment.

De acordo com a estação televisiva CBS este é o impeachment em que mais membros do Congresso votaram a favor da destituição de um Presidente do seu próprio partido. O recorde anterior era de 1998, ano em que cinco democratas votaram a favor do impeachment de Bill Clinton.