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Economia chinesa não crescia tão devagar há 44 anos mas ainda assim cresceu 2,3% em 2020

Desempenho no quarto trimestre salva o ano 2020

Em ano de pandemia, a China foi a única economia a crescer. O ritmo foi o mais lento dos últimos 44 anos, ainda assim registou 2,3% de crescimento quando comparado com 2019.

Em conferência de imprensa o Gabinete Nacional de Estatística (NBS) admitiu que em2020 a economia chinesa "enfrentou uma situação grave e complexa tanto a nível interno como externo devido, nomeadamente, às enormes consequências da epidemia".

Já em 2019 a taxa de crescimento da segunda maior economia do mundo desceu de forma acentuada, 6,1%, níveis nunca verificados nos últimos 30 anos.

A China, o primeiro país afectado pela pandemia da Covid-19, registou um declínio histórico do crescimento (-6,8%) no primeiro trimestre de 2020, depois de medidas de contenção sem precedentes, mas acabou por inverter a situação, com a melhoria das condições de saúde na primavera, o que permitiu salvar o Produto Interno Bruto (PIB).

No último trimestre de 2020, o PIB voltou aos níveis de pré-pandemia, com um crescimento de 6,5%, de acordo com o NBS, acima do previsto pelos economistas, que apontavam para 6,2% no quarto trimestre e de 2,1% na totalidade do ano de 2020.

Citado pela imprensa internacional, o analista Xiao Chun Xu, da agência de notação financeira Moody's, salientou que "a economia da China tem estado numa trajectória invejável durante a maior parte de 2020", percurso contrário à maioria dos outros países que deverão estar em recessão.

Com a divulgação dos dados, a China fica agora sob escrutínio internacional, dado o peso que a economia do gigante asiático tem na economia mundial.