De acordo com a Lusa, com base numa nota enviada pela Fitch aos seus clientes, a consultora aponta para um caminho mais positivo este ano com "um aumento nas exportações petrolíferas, que vão tirar Angola da recessão de cinco anos em 2021, contribuindo para um crescimento moderado do PIB de 1,7%".

Uma recuperação com reservas, que pode vir a ser afectada "pela alta inflação e desemprego, juntamente com a persistência provável da pandemia e as restrições de distanciamento social durante os próximos meses, vão limitar o investimento e o consumo privado, afectando a recuperação", refere a agência de notação.

Relativamente ao PIB, a Fitch tem uma interpretação diferente do INE de Angola, que considera "ter registado nos últimos três meses de 2020 uma contracção ainda maior que os 5,8% do terceiro trimestre, principalmente devido aos cortes na produção de petróleo, que continuam a ter impacto no sector".

Recorde-se que o INE divulgou esta segunda-feira que a economia angolana registou a primeira melhoria no PIB desde o início da pandemia, com um aumento de 2,7% em cadeia no terceiro trimestre, mas mantém uma queda de 5,8% face ao período homólogo.

Para 2022, a Fitch Solutions, detida pelos mesmos donos da agência Fitch Ratings, antecipa uma aceleração do crescimento para 3,1%, alicerçado "no crescimento mais robusto das exportações e na recuperação da procura interna".