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UPRA lança cursos de Direito e de Pedagogia até 2017

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Para o próximo ano a instituição prevê lançar cerca de 300 finalistas.

 

A Universidade Privada de Angola (UPRA) prevê lançar, até 2017, os cursos de licenciatura em Direito e Pedagogia, revelou ao Expansão o recém- empossado reitor da instituição, João Caetano.

"Neste momento não posso adiantar mais dados, até porque os pedidos dos cursos no Ministério do Ensino Superior levam, normalmente, quase um ano a serem aceites. Pelas nossas estimativas, os cursos vão começar a ser ministrados a partir de 2017", explicou o responsável. João Caetano fez saber que a instituição está efectuar estudos e análises para aferir o nível de aceitação dos cursos no mercado angolano.

O reitor da UPRA afirmou ser prioridade do seu mandato reformar o plano curricular da instituição, na medida em que, desde a fundação da universidade, tal nunca foi feito. "Pretendo dar uma nova roupagem em certas coisas, começando com implementação dos novos cursos", sublinhou. Por outro lado, o gestor defende a abolição das monografias, limitando os estudantes à submissão apenas de um exame final.

"Tenho as minhas dúvidas se é obrigatório ou não fazer monografias, já recebi monografias de estudantes que eram de péssima qualidade. Para mim, nos cursos de pós-graduação é que se deve obrigatoriamente ter monografias", advogou. Em 2016, adiantou, a instituição que dirige perspectiva lançar para o mercado de trabalho cerca de 300 licenciados dos cursos de Arquitectura, Ciências Farmacêuticas, Comunicação Social, Enfermagem, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica, Ciências Sociais e Fisioterapia.

"O número ainda não é taxativo, porque temos finalistas que no ano passado não apareceram na cerimónia de entrega dos diplomas. Precisamos juntar os dados e dar um número exacto proximamente", clarificou.

No presente ano académico, notou, a universidade tem matriculados 2.759 estudantes nos 14 cursos que a instituição lecciona, boa parte deles no período diurno, porque, segundo disse, o pós-laboral não tem tido muita adesão. "A maior parte dos estudantes que temos são do curso de Ciências de Saúde, que entram às 8 horas e vão até ao fim do dia. No pós-laboral, não temos muitos estudantes", indicou.

Questionado sobre a greve realizada pelos estudantes de Medicina, no passado dia 20 de Outubro, devido a alegada ilegalidade do curso, João Augusto preferiu não entrar em pormenores. "Se é ilegal, não posso sair por aí dizendo que o curso é ilegal. Quem começou com essa situação que venha esclarecer. Estou a trabalhar com o Ministério do Ensino Superior para encontramos uma solução, mas eu não vou revelar os detalhes", afirmou.

"Crise mexe com estrutura das universidades" Sobre o actual momento económico do País, João Caetano referiu que a crise também tem afectado as universidades, admitindo mesmo o encerramento de alguns cursos que eventualmente venham a ter poucos alunos.

"Quando há crise, nós temos de priorizar e não cortar. Então temos de usar as nossas acções. Se no próximo ano não tivermos muitos alunos, não vou abrir a turma. Se tiver uma turma que não me garante sustentabilidade do próprio curso, não me arrisco em abrir, até porque a minha instituição é privada", asseverou.

A funcionar há 15 anos, a UPRA lançou já para o mercado um total de 3.450 licenciados e 36 mestres no curso de Gestão Hospitalar. A instituição conta com os préstimos de 26 docentes, entre estrangeiros e nacionais, e mantém parceria com congéneres internacionais e com unidades hospitalares nacionais.