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"Com o petróleo existia muita bonança que hoje nos tira a esperança"

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Artista plástico há 20 anos, Álvaro Macieira diz que o País tem grandes talentos, mas que falta uma política cultural séria que aposte na juventude. Em entrevista ao Expansão, o também jornalista e escritor defende que devem ser criadas leis que protejam os artistas.

Quando e como surgiu a paixão pela pintura?
A paixão pela pintura vem desde a infância e essa semente brotou na adolescência. Eu tinha muita aptidão, mas não segui a arte devido ao momento histórico do País, mas sempre pensei que poderia estar num lugar, já velhinho, com plantas, pássaros e a pintar. Porém, tive de antecipar esse objectivo, porque em África o nosso tempo de vida é reduzido. Quando cheguei aos 40 anos, depois de ter percorrido várias etapas como jornalista, decidi começar a pintar e nunca mais parei. No próximo ano, faço 60 anos de idade e, em 20 anos, pintei todos os dias, porque, quando comecei, já tinha condições para comprar telas, tintas, viajar e materializar o sonho que trazia da infância.

A sua última exposição teve como título Angola Makonzu. Porquê?
Angola Makonzu (em kikongo significa aplausos) tem como ideia central homenagear Angola. É de realçar que a exposição começou a ser preparada há um ano e, curiosamente, coincide com o momento que temos de aplaudir. Angola, independentemente dos nossos problemas, das nossas origens e opções, é um País que tem de continuar.

Que mensagens as suas obras transmitem?
Podemos ver nos quadros a procura incessante de marcas de vestígios dos nossos antepassados. O pintor faz recurso a esses conhecimentos todos dos antepassados e trá-los para a contemporaneidade para expressar-se como artista e mostrar que estamos sempre ligados ao passado.

(Leia o artigo na integra na edição 441 o Expansão, de sexta-feira 29 de Setembro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)