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A verdade por trás do corte na produção de petróleo em Angola

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A produção angolana de petróleo bruto em 2017 encontra-se em declínio, ou seja, há menos 8.000 barris por dia face à sua quota, como resultado da redução natural do desempenho dos poços e de problemas operacionais.

A fim de alcançarem uma estabilidade duradoura no preço do petróleo bruto, no dia 30 de Novembro de 2016, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram cortar 1,2 milhões de barris na produção diária, durante seis meses, com efeitos a partir 1 de Janeiro de 2017. Decisão que foi dilatada por mais nove meses, na sua 172ª Conferência, realizada no dia 25 de Maio do corrente ano.
Angola, como membro da OPEP, viu a sua produção diária reduzida em 78.000 barris de 1.751.000 barris em Outubro de 2016 para uma quota de 1.673.000 barris. Esta medida serviu de válvula de escape, pois, caso contrário, observaria uma queda nas suas receitas devido à combinação entre a redução/manutenção de preços baixos e a redução da produção, causada essencialmente pelos elementos idiossincráticos da actividade petrolífera.
Com base nos dados extraídos da Platts, o preço médio diário do barril de petróleo aumentou 5%, passando de 49,27 dólares em Novembro e Dezembro de 2016 para 51,77 dólares nos primeiros 273 dias de 2017. É evidente que estiveram na origem do aumento do preço outros elementos externos de natureza política e económica, de entre os quais, se destaca a contracção de 2% na oferta protagonizada pela OPEP e países não OPEP (Azerbaijão, Reino do Bahrein, Brunei Darussalam, Cazaquistão, Malásia, México, Sultanato de Omã, Federação Russa, República do Sudão).
*Analista de Negócios/Professor na Universidade Lusíada

(Leia o artigo na integra na edição 443 o Expansão, de sexta-feira 13 de Outubro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)