Quando um novo treinador chega a um clube, traz a sua equipa técnica. Ou seja, treinadores adjuntos, treinador de guarda-redes, preparadores físicos, entre outros. Também, muitas vezes, traz novos jogadores para posições chave que o mesmo entende estarem enfraquecidos. E também, muitas vezes, rescinde ou não renova com alguns jogadores que, na sua opinião, não trazem mais valias para o seu jogo e equipa, sendo que alguns eram jogadores importantes e outros, obviamente, menos importantes. Quanto mais importante a equipa e os jogadores que saem e entram, mais mediáticas e impactantes são estas mudanças. Mas são encaradas com toda a naturalidade e sem grandes celeumas.
Por outro lado, quando uma empresa contrata um novo Diretor-Geral, este, muitas vezes, traz pessoas da sua confiança para posições chave para que este possa alcançar o mais rápido possível os seus objectivos. Essas posições poderão ser de director financeiro, director de recursos humanos, director de operações, entre outros. Estes novos elementos fazem com que o novo "chefe" tenha que realocar os anteriores donos das posições e/ou até mesmo despedi-los, porque já não vão trazer nada de novo à gestão que se iniciou. A não ser que sejam organizações de grandes dimensões ou de forte impacto mediático, estas alterações passam quase despercebidas da opinião pública.
Com um Governo é exatamente igual. Quando chega um novo Presidente ou primeiro-ministro, dependendo do sistema vigente em cada país, e mesmo sendo do mesmo partido, faz sempre algumas alterações nas posições que considera mais relevantes ou onde precisa de pessoas da sua confiança. Tanto na equipa governamental, como nas empresas que dependem do orçamento de Estado e que estão, naturalmente, sob a sua tutela.

(Leia o artigo na integra na edição 450 do Expansão, de sexta-feira 01 de Dezembro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)