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Angola

"Se não houver exploração petrolífera, não haverá recursos"

Angola

Com a redução, quase a zero, dos investimentos na exploração petrolífera, o País está a hipotecar o seu futuro, alerta o presidente da Associação de Empresas Angolanas de Geociências e de Apoio ao Sector Petrolífero, Horário Fortunato.

Como é que a associação avalia a actividade de exploração petrolífera em Angola no actual contexto?
A indústria petrolífera nacional atravessa uma situação muito crítica. A produção de petróleo bruto baixou de um pico de dois milhões de barris/dia, em 2014, para uma média de 1.600 barris, em 2017. A função concessionária da Sonangol foi bloqueada, porque se deixou de investir na exploração petrolífera, no desenvolvimento e no conteúdo local, criando grande diminuição nos recursos descobertos e, consequentemente, diminuição da produção e da anulação dos projectos para o conteúdo local, o que levou as empresas estrangeiras a cancelarem as parcerias existentes.


Que consequências teve o não investimento na exploração?
A partir de 2015, as companhias petrolíferas, incluindo a Sonangol, com o argumento da baixa dos preços do petróleo, reduziram quase a zero os orçamentos de exploração, incentivando as empresas estrangeiras a transferirem os estudos de processamento sísmico e de interpretação para fora do País. Como consequência, observa-se, por um lado, o fecho dos centros de exploração, colocando em perigo as futuras descobertas e o País sem óleo para as futuras gerações. Por ouro lado, deixa as empresas angolanas e estrangeiras de serviços e de geociências sem projectos, criando desemprego e afectando a economia do País no seio dos geocientistas angolanos. Isto coloca em risco as reservas petrolíferas para as futuras gerações, uma vez que sem exploração, não há reservas de petróleo.


(Leia o artigo na integra na edição 454 do Expansão, de sexta-feira 05 de Janeiro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)