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Governo admite que dívida não é sustentável ao ritmo actual

Plano Anual de Endividamento para 2016

O serviço da dívida governamental (juros e amortizações) totalizará em 2018 cerca de 6,3 biliões Kz, o que representa 153% das receitas fiscais projectadas (4,1 biliões). O stock de curto prazo e as taxas de juro altas pressionam a sustentabilidade da dívida até ao final do ano.

A dívida pública angolana será insustentável caso se mantenha o crescimento do stock de curto prazo e a permanência das actuais taxas de juro dos Bilhetes de Tesouro, alerta a versão preliminar do "Plano Anual de Endividamento 2018" do Ministério das Finanças, a que o Expansão teve acesso e que aponta que até ao final do ano o stock de dívida deverá atingir os 14,3 biliões Kz, cerca de 69 mil milhões USD.
O documento prevê a captação 6,7 biliões Kz em emissões de dívida pública, sendo que 4,7 biliões Kz será no mercado interno e 1,9 biliões no exterior, com destaque para uma futura emissão de Eurobonds no valor de 437 mil milhões Kz. Desta forma, e de acordo com o documento, o stock de dívida pública no final do ano será de 14,3 biliões Kz, representando um aumento de 18% face ao final de 2017, quando o stock de dívida pública valia já 12,2 biliões.
Estima-se que o serviço da dívida governamental (juros e amortizações) totalizará em 2018 cerca de 6,3 biliões Kz (4,3 biliões de dívida interna e 1,9 biliões de serviço da dívida externa), o que representa 153% das receitas fiscais projectadas (4,1 biliões Kz). "Neste sentido, se ignoramos o refinanciamento de parte do serviço da dívida interna titulada, as receitas do período seriam insuficientes para cumprir com a totalidade dos pagamentos de juros e amortizações da dívida governamental", refere o documento na área relativa ao risco de liquidez.

(Leia o artigo na integra na edição 460 do Expansão, de sexta-feira 16 de Fevereiro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)