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Zuma não resiste à pressão do ANC e cede lugar a Ramaphosa

África do Sul com a economia enfraquecida a um ano das eleições

Pressionado pelo seu partido, o ANC, e confinado pela oposição, que ameaçava com um pedido de eleições antecipadas, Jacob Zuma aceitou deixar o cargo de Presidente de África do Sul. Cyril Ramaphosa, nomeado pelo Parlamento, herda uma economia enfraquecida e o desafio de evitar a derrota do ANC nas urnas, em 2019.

Jacob Zuma não resistiu à pressão do partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), e anunciou quarta-feira a demissão do cargo de Presidente da África do Sul, "com efeitos imediatos", repetindo o gesto de Thabo Mbeki, 10 anos antes, depois de o partido lhe retirar a confiança política.
Um dia depois, o Parlamento sul-africano elegeu Cyril Ramaphosa como quinto Presidente do país após o apartheid, encerrando, assim, uma novela que se arrasta há meses, desde que se agravaram as acusações contra Zuma por sucessivos escândalos de corrupção.
Jacob Zuma dirigiu-se aos sul-africanos, na quarta-feira, numa declaração transmitida pela televisão, a anunciar a demissão do cargo, horas depois de, em entrevista, dizer que recusava ceder à exigência do partido. O ANC deu, segunda-feira, 48 horas a Zuma para se demitir, caso contrário, apresentaria, no dia 22 de Fevereiro, uma moção de censura no Parlamento.
Sem margem de manobra e depois de enfrentar sete moções de censura, Zuma deixa a presidência, a um ano de terminar o mandato, com a imagem totalmente corrompida por escândalos de corrupção, acusações de favorecimento indevido e diversos julgamentos judiciais nos seus nove anos de presidência.

(Leia o artigo na integra na edição 460 do Expansão, de sexta-feira 16 de Fevereiro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)