Dezoito bancos a operar em Angola estão obrigados a aumentar o capital social em 64,3 mil milhões Kz até 31 de Dezembro, para cumprir o mínimo de 7,5 mil milhões estipulado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
De acordo com o Aviso n.º2/ 2018, denominado "Adequação do Capital Social Mínimo e dos Fundos Próprios Regulamentares das Instituições Financeiras Bancárias", o capital mínimo social exigido aos bancos triplica, passando de 2,5 mil milhões para 7,5 mil milhões, com as instituições bancárias que não cumprem este valor a terem de apresentar ao banco central, até 120 dias após a publicação do aviso, um "plano de acção detalhado descrevendo as medidas que pretendem implementar para alcançarem" este valor mínimo.
Ao todo, serão 18 os bancos obrigados a aumentar o capital social, de acordo com cálculos do Expansão com base nos relatórios e contas de 2016 das instituições bancárias que operam em Angola. O Banco Kwanza Investimento (BKI), o Banco VTB África (VTB), o Banco Postal (BPT) e o Banco Prestígio (BPG), todos com capitais sociais de 2,5 mil milhões Kz, o mínimo exigido até à publicação do mais recente aviso, estão obrigados a triplicar este valor. Já o estatal Banco de Comércio e Indústria é o que menos terá de aplicar, ao todo 606 milhões Kz (ver infografia). Na lista constam ainda bancos como o BFA, cujo capital social é de 3.972 milhões Kz, e o BIC, com capital social de 3.000 milhões Kz, que não terão problemas em aumentar o capital pois têm capitais próprios bastante elevados.

(Leia o artigo na integra na edição 462 do Expansão, de sexta-feira 02 de Março de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)