Trump agita mercados com 'guerra do aço'
Tarifas à importação de alumínio e aço nos EUA levou vários países a ameaçar com retaliações. Medidas proteccionistas arriscam ter um impacto negativo na economia mundial.
A Agência Internacional de Energia (AIE) referiu esta semana esperar que os EUA venham a dominar o mercado mundial de petróleo nos próximos anos, prevendo que o aumento da oferta de crude no país possa vir a satisfazer 80% do crescimento esperado da procura até 2020 e mais de metade desta nova procura até 2023.
Apesar do sucesso da actual estratégia da OPEP em reduzir a sua produção para tentar reequilibrar o mercado, a AIE acredita que a recuperação do preço do crude nos últimos meses tem levado a uma nova investida dos produtores americanos e que isso possa prejudicar o cartel quando decidir voltar a aumentar a sua oferta.
Segundo a AIE, isto poderia, inclusive, obrigar a OPEP a manter os actuais cortes na sua produção até 2021 de modo a evitar um novo período prolongado de excesso de oferta no mercado mundial.
A semana nos mercados ficou marcada pela demissão do principal conselheiro económico de Donald Trump devido ao seu desacordo com os planos do Presidente norte-americano de introduzir tarifas à importação de alumínio e aço no país. A demissão de Gary Cohn, que teve um papel muito relevante na elaboração da actual reforma fiscal nos EUA e um defensor de outras políticas que visam relançar o crescimento económico no país, levou a uma descida generalizada das bolsas.
(Leia o artigo na integra na edição 463 do Expansão, de sexta-feira 09 de Março de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)