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Resgate do BPC já custou 568,8 mil milhões Kz ao Estado

Em menos de dois anos

Ao todo, o Estado já injectou o equivalente a 3.186 milhões USD na maior instituição bancária do País. Contas feitas, este valor dava para pagar 14 estádios semelhantes ao 11 de Novembro, em Luanda, que terá custado no final de 2009 perto dos 227 milhões USD.

O Estado já colocou 568,8 mil milhões kz no Banco de Poupança e Crédito (BPC) para resgatar o maior banco do País que em 2016 teve perdas de 29 mil milhões Kz, o segundo maior prejuízo da história da banca angolana, depois dos 47,3 mil milhões Kz contabilizados pelo Banco Espírito Santo Angola (BESA) em 2014.
Esta é a quarta intervenção do Estado no BPC em menos de dois anos. Nas primeiras três intervenções, entre aumentos de capital e compra de malparado, o Estado gastou cerca de 388 mil milhões Kz, o que, ao câmbio da altura, equivalia a 2.342 milhões USD.
O Presidente da República, João Lourenço autorizou, no dia 7 de Março, por decreto, uma emissão especial de dívida pública de 180 mil milhões Kz. Esta quarta intervenção do Estado no maior banco do País desde 2016 é equivalente a cerca de 844 milhões USD à taxa de câmbio do dia da publicação em Diário da República.
Contas feitas, o Estado já injectou 3.186 milhões USD, o que daria para pagar, por exemplo, 14 estádios 11 de Novembro, a um custo de 217 milhões USD cada um.
Pela terceira vez, o Estado, enquanto único accionista, procedeu a um aumento de capital recorrendo à emissão de dívida pública. Esta última intervenção resulta de uma emissão especial de Obrigações do Tesouro em moeda nacional a entregar directamente ao BPC (ver gráfico).
De acordo com o decreto assinado por João Lourenço, a emissão visa, desta maneira, possibilitar os rácios prudenciais do banco e possibilitar "assim a expansão das suas actividades creditícias".

(Leia o artigo na integra na edição 464 do Expansão, de sexta-feira 16 de Março de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)