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África

Dívida de Moçambique a três meses de ficar insustentável

Mudança de critérios do FMI coloca pressões nas negociações com os credores e investidores

A reunião com os credores, a realizar durante os Encontros da Primavera, em Abril, é decisiva para a sustentabilidade a dívida pública. A mudança, em Julho, dos critérios do FMI sobre sustentabilidade põe a dívida no vermelho se falhar a proposta de reestruturação. E o país deixa de poder aceder a ajuda financeira.

Se o próximo encontro com os credores e investidores internacionais, a realizar em Abril, falhar, Moçambique vai furar os cinco limites usados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para avaliar a sustentabilidade da dívida, a partir de Julho, altura em que o FMI altera os critérios de avaliação.
Este cenário, que impede o recurso a ajuda financeira do fundo, é admitido pelo governo moçambicano, que tem vindo a ser pressionado pelo FMI e pelo Banco Mundial a liquidar as empresas públicas que são responsáveis pela crise da dívida.
Em causa estão a Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), a Proindicus e a Mozambique Asset Management (MAM) que, no seu conjunto, contraíram dívida "escondida" no valor superior a 1,4 mil milhões USD.
Num documento apresentado a 20 de Março deste ano, numa reunião em Londres com os credores e investidores internacionais, o governo admite que até essa data "Moçambique tinha atrasos nos pagamentos do Mozam2023, MAM e Proindicus que chegavam a aproximadamente 636 milhões USD", o que faz com que os cinco limites definidos pelo FMI sejam ultrapassados, a partir de Julho.

(Leia o artigo na integra na edição 467 do Expansão, de sexta-feira 06 de Abril de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)